SBU América do Sul

A ROADIS América do Sul é responsável pela gestão de ativos e pelo desenvolvimento do negócio nessa região. Em 2017, a VIABAHIA, concessionária que gerencia duas das rodovias mais importantes que atravessam o estado da Bahia, completou seu oitavo ano como operador desta concessão, sendo responsável por 681 quilômetros, incluindo a BR-324 e a BR-116. Neste ano, alcançamos marcas importantes e temos um futuro promissor pela frente, repleto de grandes planos.
Entre os destaques de 2017, podemos citar:

• Construção da ponte que atravessa o Rio Paraguaçu, na BR-116.
• Redução de 15% no número de vítimas fatais, em comparação com 2016.
• Programa de voluntariado, que computou mais de 544 horas de trabalho voluntário nas comunidades vizinhas das rodovias administradas pela VIABAHIA.

Nossa equipe iniciou com sucesso o processo de Revisão Quinquenal com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) — agência federal responsável pela regulação dos contratos de concessão —, e a VIABAHIA foi a primeira concessionária de rodovias no Brasil a começar esse processo. Essa revisão é um mecanismo contratual desenvolvido com a intenção de ajustar o contrato e seu plano de investimento em trabalhos futuros com as necessidades atuais dos usuários e das comunidades vizinhas das nossas rodovias, focando sempre no fluxo de tráfego, na segurança e no conforto dos usuários.

O êxito desses objetivos foi possível porque contamos com um fantástico grupo de colaboradores e parceiros, que trabalharam comprometidos para oferecer os melhores serviços aos usuários que trafegam em nossas rodovias.

Em 2018, continuaremos trabalhando com dedicação e esforço, buscando consolidar-nos como referência nacional no gerenciamento de rodovias, com base nas boas práticas e na ética, na boa governança e na sustentabilidade.

Temos certeza que toda a equipe continuará contribuindo para alcançar novas metas e aprender com grande dedicação e orgulho, fazendo com que 2018 seja outro ano marcado pela excelência.

A economia brasileira mostra sinais de recuperação. Os analistas esperam que o PIB cresça em 2018. Esta dinâmica indica que o ambiente econômico geral continuará sendo favorável. Embora tenhamos que destacar que será necessário contar com a habilidade do governo que seja eleito nas urnas (mandato de 2019–2022), para reverter o grave desequilíbrio fiscal dos últimos anos e manter condições favoráveis para toda a economia.

Também se espera que o investimento aumente em 2018, como reflexo da expansão do crédito às empresas, revertendo o declínio de 2017 e aumentando a confiança nos negócios. A contribuição dos gastos do governo ao PIB será, provavelmente, nula, após vários anos de contração.

É um fato que existem indicadores sólidos de recuperação na economia brasileira, como a retomada da produção industrial, as melhorias nos índices vinculados à atividade comercial, a taxa de inflação em níveis próximos ao seu objetivo, o anúncio de uma revisão da meta de inflação de 4,5% anuais a 4% nos próximos dois anos, e o índice Ibovespa, que volta aos níveis prévios à crise financeira de 2008.

O setor das rodovias, no Brasil, é o principal sistema logístico do país, com uma rede de 1.610.076 quilômetros de rodovias públicas e administradas pela iniciativa privada (a quarta maior do mundo), transportando 56% de toda a carga no Brasil. Essa rede de rodovias é o principal meio de transporte de mercadorias e passageiros.

Atualmente, o Brasil é um dos maiores mercados da indústria automotiva do mundo, e cerca de 10 mil quilômetros do seu sistema de viário está composto por rodovias administradas pela iniciativa privada, principalmente no estado de São Paulo. No entanto, cerca de 30% da rede de rodovias do Brasil está desgastada pela falta de manutenção, e só 13% está pavimentada.

A densidade de rodovias pavimentadas no Brasil é muito baixa, principalmente se comparada com outros países de dimensão territorial semelhante. O país ocupa a posição 111 no ranking de competitividade global do Fórum Econômico Mundial, quanto à qualidade da infraestrutura de rodovias. No total, foram analisados 138 países e, na América do Sul, as melhores posições foram alcançadas por Chile (posição 30), Uruguai (posição 98) e Argentina (posição 103).

Resumidamente, para descrever o estado atual do setor de infraestruturas no Brasil, é importante ressaltar a baixa oferta de crédito para projetos de infraestrutura, a incerteza que rodeia os grandes grupos nacionais de construção e o enorme risco brasileiro percebido pelos investidores estrangeiros. Todos esses fatores limitaram uma recuperação mais significativa do mercado de concessão de rodovias, que resultou prejudicado por contratos de cláusulas demasiadas otimistas, aos quais o governo brasileiro está buscando uma solução. A proposta de MP 752/2016, que foi aprovada e convertida na Lei 13.448/2017 e que estabelece os termos para a devolução amistosa de projetos com dificuldades, e a MP 800/2017, também chamada de “MP das Rodovias”, são a prova desse esforço para resolver o entrave atual.

Além disso, o Brasil está buscando medidas para promover o investimento privado (nacional ou estrangeiro) em infraestruturas, promovendo incentivos fiscais. Mas, até agora, o principal incentivo do mercado é o REIDI (Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura), que suspende a cobrança do PIS|COFINS, e o benefício de impostos da SUDENE, que reduz a base tributável do imposto de renda para 75%, benefício só permitido no Norte e no Nordeste do Brasil.